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Agora para ficar

Com Caetano Veloso, na Rádio Jornal do Brasil, em 1976.

Com Caetano Veloso, na Rádio Jornal do Brasil, em 1976.

A volta ao Brasil veio no final de 1972. Concentrei-me na imprensa e fui trabalhar no Jornal do Brasil. De repórter passei a chefe do departamento de jornalismo da Rádio JB, onde fiquei durante sete anos. Entrevistei um monte de gente, orientei mais um monte, e ganhei muita intimidade com um tipo de linguagem oral e acessível.

 

Carta do escritor Carlos Drummond de Andrade falando do livro.

Carta do escritor Carlos Drummond de Andrade falando do livro.

Meu primeiro livro infantil, "Bento-que-bento-é-o-frade", foi publicado cinco anos depois da minha chegada. Ele fazia parte da coleção Livros de Recreio. Outra série foi montada pela Editora Abril - Histórias de Recreio. Nesta, foram selecionados os contos de maior sucesso da revista, divididos por autor. Os meus títulos foram "Severino faz chover", "Currupaco Papaco" e "Camilão, o Comilão", cada um com quatro histórias.

 

 

Malasartes, 1990.

Malasartes, 1990.

O primeiro prêmio viria logo a seguir. Em 1978, participei de um concurso, sob pseudônimo, e acabei ganhando o prêmio João de Barro, com "História Meio ao Contrário", que depois também ganhou o Jaboti. Além da publicação do livro, essa premiação desencadeou uma série de convites de editores para publicar mais textos meus, e fui tirando o que tinha guardado nas gavetas. Acabei ganhando mais prêmios e me dedicando cada vez mais a escrever.

Em 1979, um dia quis dar um livro a uma sobrinha que fazia anos. Bati perna por todas as livrarias de Ipanema e Copacabana e não achei um único livro infantil que me agradasse! Percebi logo que estava faltando uma livraria especializada, onde as crianças pudessem ler e encontrar bons livros. Com a ajuda de uma sócia surgiu a Livraria Malasartes, onde eu ficaria por 18 anos.

Eu e Lourenço, em 1989.o

Eu e Lourenço, em 1989.

Em 1980, passei por um momento decisivo dentro da Rádio JB. Diante de uma ordem para demitir um terço da redação, optei pela minha própria demissão. Com o jornalismo devidamente abandonado, mudei de vida. Iniciava um segundo casamento, com o músico Lourenço Baeta. Passei a cuidar de minha livraria e me dediquei mais a escrever, dando seguimento a um romance que começara dois anos antes, "Alice e Ulisses".

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